sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bolsa Família não é resposta à pobreza urbana no Brasil, diz 'Economist'

Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 30/7/2010 5:34

A revista britânica The Economist traz em sua edição desta semana um longo artigo sobre o Bolsa Família onde afirma que, apesar da grande contribuição do programa para a redução dos índices de pobreza do Brasil, ele parece não funcionar tão bem no combate à pobreza nas grandes cidades.
De acordo com a revista - que cita dados da Fundação Getúlio Vargas - cerca de um sexto da redução da pobreza no país nos últimos anos pode ser atribuído ao Bolsa Família, "mas algumas evidências sugerem que o programa não está funcionando tão bem nas cidades como nas áreas rurais".
"O sucesso do Brasil em reduzir a pobreza parece ser maior nas áreas rurais que nas urbanas", diz o artigo, que cita dados das Nações Unidas que indicam que houve uma redução de 15 pontos percentuais no número de pobres na população rural entre 2003 e 2008, enquanto nas cidades essa diminuição foi muito menor.
Segundo a publicação um dos principais fatores que levam a esta situação é o fato de o Bolsa Família ter substituído, a partir de 2003, uma série de outros benefícios que somados, poderiam representar ganhos maiores para estas famílias das cidades que o montante concedido atualmente. A revista comenta que o Bolsa Família acabou eliminando programas como o de combate a subnutrição infantil, os subsídios que eram dados à compra de gás de cozinha e o programa de ajuda a jovens entre 15 e 16 anos.
"Embora seja difícil provar pela falta de dados oficiais, evidências sugerem que a quantia (atual) pode valer menos que os antigos benefícios", diz a revista.
Outro problema citado pela Economist é o fato de o programa ter tido pouco sucesso em reduzir o trabalho infantil. Segundo a publicação, crianças das cidades podem ganhar mais dinheiro "vendendo bugigangas ou trabalhando como empregados" do que ficando na escola para receber os benefícios.
Embora afirme que estes fatores não signifiquem que o Bolsa Família seja "desperdício de dinheiro" nas áreas urbanas, o artigo diz, no entanto, que o programa não é a solução "mágica" como tem sido tratado no Brasil e em outros países.
Comentário sobre a reportagem:
Conforme a reportagem, a Bolsa Família não resolve completamente o problema da pobreza no Brasil. A reportagem enfatiza que na zona rural a bolsa família ajuda e surgem resultados, porém nas grandes cidades não se tem os mesmo índices do que na zona rural. Nas cidades, conforme a reportagem, uma criança às vezes vendendo bugigangas ela ganhará mais dinheiro do que estando na escola e assim tendo o direito de receber o benefício. O Bolsa família é um ótimo programa que reúne outros recursos propostos pelo governo, porém de nada adianta o governo propor uma solução se as pessoas, que são as maiores interessadas, não se esforçam para elevar de classe social assim saindo da pobreza.
Postado por Alisson Serraglio

Sonho de uma realidade perdida - Parte 4

Hoje trazemos a parte final da narrativa que criamos para divulgação no blog intitulada Sonho de uma realidade perdida. Caso você tenha perdido alguma das partes anteriores, você pode conferi-las nestes links: Parte 1, parte 2 e parte 3.

Em um grito agudo, Zyndal inclina o seu corpo para frente. Ao examinar as redondezas, logo percebeu que já não se encontrava mais no reino dos sonhos. Seu rosto, seu pijama e sua cama estavam encharcados em suor. Sua respiração estava ofegante, os olhos esbugalhados e o coração em disparada. Levantou-se lentamente e arrastou os pés até o banheiro. Escovou os dentes e encarou o reflexo no minúsculo espelho do banheiro por alguns minutos. Entrou no boxe do banheiro e perdeu a consciência, transformando suas rápidas chuveiradas num longo banho. Não preparou café nem vasculhou a geladeira e os armários atrás de algo para abocanhar. Estava sem apetite. Vestiu-se e partiu para o trabalho.

Caminhava lentamente para o escritório, ao contrário dos passos largos que sempre dava para chegar o quanto antes no escritório. Não estava com o olhar fixo e desprendido do resto mundo. Olhava atentamente para os lados o mundo ao seu redor. Os mendigos dormindo na calçada, as crianças, algumas pedindo esmola, outras trabalhando varrendo a rua, engraxando sapatos ou vendendo doces ou bugigangas. Uma outra se sentava escondida com um olhar hipnotizado. Drogada provavelmente. No escritório, o tempo parecia não passar. O monitor do computador brilhava e a mesa estava coberta de papéis. Zyndal não conseguia se concentrar no trabalho. A única coisa que conseguia pensar era no sonho e nas imagens que vira na rua. Tudo estava embaralhado em sua mente. Esforçava-se para juntar tudo o que tinha dentro dela, pois sentia que havia um significado maior em tudo aquilo. Permaneceu naquele estado meditativo até perceber que no relógio no canto do computador marcava o meio dia. Saiu silencioso, enquanto o seu supervisor olhava atravessado.

Ainda sem apetite, vagou pelo centro da cidade sem rumo. Parou na praça em frente à catedral. Sentou-se no primeiro banco vago que avistou, primeiramente cabisbaixo, em seguida fitando o cenário do parque. Seus olhos perambularam para os lados até terem passado por uma cena que chamou-lhe a atenção. No meio da praça, voluntários distribuíam alimentos e roupas para os menos afortunados. Muitas crianças rodeavam aquela parte do parque. Zyndal olhava fixamente para aquela direção. Era semelhante à cena do seu sonho, aquela que tanto o havia encantado. Mas aqui, havia algo diferente nela. Ela era real. No meio de tanta gente, sua visão volta-se para um menino de mãos dadas a uma velha senhora, se aproximando para receber donativos. Ao receber roupas, comida e um brinquedo, seus olhos brilharam. Eis que então, logo após aquela cena, os olhos de Zyndal também brilharam. Lentamente seu corpo se posiciona em pé, enquanto sua mente se deslumbre com a grande revelação. Memórias perdidas. Memórias que o tempo, o sofrimento a própria realidade em que se encontrava tornaram perdidas dentro da mente de Zyndal.

Recordava-se da infância. Nasceu numa família humilde. Os pais ainda eram jovens, e por desventura do destino também morreram jovens. Desde pequeno, ficou sobre os cuidados da avó. Ela sempre se mantinha esperançosa quanto ao futuro do pequeno Zyndal. Não o chamava por este nome, mas por um apelido: Zap. Chamou-o assim porque sempre procurava ensinar a ele sobre solidariedade e amor. Queria deixar uma mensagem especial para ele, a qual estava contida em seu apelido, pois Zap nada mais era do que Paz ao contrário. Infelizmente, a violência não poupou a pequena família que constituíam. Vítima de uma bala perdida, a avó havia deixado este mundo. Sem mais quem o cuidasse, Zyndal foi levado para longe favela onde morava, não só para outro lugar, mas para outra realidade. Continuou dedicando-se aos estudos, como a avó sempre pedia. Aos poucos, enquanto crescia, foi esquecendo do que viveu anteriormente e dos ensinamentos da avó. Alcançou o ensino superior e algum tempo depois uma vida estável. Cresceu, mas tornou-se frio.

Naquele instante, tudo fazia sentido. Aquele não foi, certamente, um sonho qualquer. Ele procurava trazer de volta para Zyndal à realidade que havia perdido. Aquela onde viveu parte da infância, assim como aquela que ainda existe atualmente, para a qual nunca tinha virado os olhos. Zyndal já não era mais a mesma pessoa que fora há um dia atrás. Estava transformado. Zyndal continuava olhando fixamente para a comoção no meio da praça. E ele sabia exatamente o queria da vida dali em diante.

O tempo não para, sendo que já fazia algum tempo desde aquela noite. Zyndal estava com agenda cheia. Caminhava a passos largos, com olhar fixo no horizonte, carregando a pasta com os bens utilizados no novo trabalho que fazia parte do seu cotidiano. Não gostava de chegar atrasado, afinal, haviam muitos esperando por ele. Logo se aproximou de um dos bairros mais pobres da cidade de onde viva. Foi avistado por várias crianças que gritavam pelo seu nome. Era a hora do dia de exercer o trabalho voluntário que sempre realizava nas mais diversas comunidades da região. Tornou-se um pioneiro no que fazia. Chegou até o local onde desempenhava suas atividades, recebendo a todos com um sorriso no rosto.

FIM

Postado por: Alisson Tres e Patrícia

Desigualdade social aumenta vulnerabilidade de crianças e adolescentes

Brasília - A desigualdade social aumenta a vulnerabilidade de quem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) há 19 anos deve proteger. Cerca 55% das crianças com até 6 anos de idade estão abaixo da linha da pobreza. Entre crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, o percentual de pobres é de 50% e entre os jovens com idade de 15 a 17 anos, de 40%.

Os percentuais de crianças e adolescentes pobres estão acima do que se verifica entre os adultos, 25% desses estão abaixo da linha de pobreza (meio salário mínimo per capita de renda familiar).

"As crianças são mais pobres que os adultos", confirma Enide Rocha, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), especializada na área dos direitos da infância e da adolescência.

Segundo ela, "para cada adulto pobre, há duas ou três crianças mais pobres". Ela afirma que o desrespeito aos direitos dos adolescentes aumenta a vulnerabilidade. "Envolve-se em um delito quem já estava fora de qualquer mecanismo lícito de ascensão social, como a escola e o trabalho legal".

O deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), da Frente Parlamentar da Juventude, considera que "a infância já é por si uma situação de vulnerabilidade. Com a pobreza, a tendência é que essa vulnerabilidade recaia com maior peso".

Para Enide Rocha, as desigualdades regionais agravam a situação dos brasileiros mais jovens. A Região Nordeste tem os piores indicadores de mortalidade infantil, analfabetismo, universalização e qualidade do ensino e trabalho infantil, enumera a pesquisadora que está fazendo doutorado sobre a participação da sociedade civil na construção das políticas públicas.

Mário Volpi, coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Infância (Unicef), também destaca a desigualdade como obstáculo para as políticas e programas criados para a promoção de direitos de crianças e adolescentes.

Segundo o oficial do Unicef, o país deve para melhorar o futuro das crianças diminuir as suas desigualdades. "O Brasil deve enfrentar essas disparidades. São essas desigualdades que fazem que uma criança negra, uma criança favelada, uma criança no semi-árido ou uma criança na Amazônia tenha menos oportunidade de realizar os seus direitos".

Fonte: Agência Brasil

Comentário sobre a reportagem
Como podemos ver, a desigualdade é uma das maiores mazelas no Brasil e acaba por atingir predominantemente os mais frágeis, incluindo-se nesse grupo as crianças.
Outra situação que nos leva a esse cenário é o fato de ocorrerem grandes taxas de natalidade entre os mais pobres, levando as famílias a serem constituídas por dois ou três adultos e normalmente mais de cinco crianças, chegando em alguns casos a dez ou até treze crianças. Nesses casos, os adultos sofrem com a pobreza e a escassez de alimentos, no entanto as crianças dessa família sofrem muito mais.
Postado por Clei

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Imigrantes portugueses, espanhóis e japoneses Parte III

Imigrantes Portugueses

O Brasil recebeu nos primeiros séculos de imigração certa de 100mil imigrantes portugueses, nos próximos séculos esse número aumentou para cerca de 600mil. A imigração portuguesa foi muito diversificada, já que no primeiro processo em quem portugueses vem ao Brasil, esses tinham uma classe econômica mais elevada, mas nos séculos seguintes os imigrantes que vieram era mais pobres.
Muitos portugueses vieram porque as condições sociais destes são muito precárias, sendo que a maioria dos imigrantes eram produtores rurais e a sua classe social era muito baixa. Assim estes imigraram para paises como Estados Unidos, quando o governo americano começou a barrar a entrada de imigrantes eles vieram ao Brasil. O governo de Getúlio Vargas por sua vez começa a propor um controle de estrangeiros no país fazendo com que o numero de imigrantes que já era baixo, diminua ainda mais.











Imigrantes Japoneses

Os imigrantes Japoneses que vieram ao Brasil, viam de partes pobres do Japão, estas regiões que estavam ao norte ou ao sul do Japão. Os imigrantes japoneses viam trabalhar nas grandes lavouras de café que tinha em São Paulo.
O Brasil é o país que mais possui Japoneses fora do Japão e estes contribuem e muito para a diversificação da cultura brasileira e com o crescimento econômico do Brasil. Além da vontade de trabalhar os japoneses trouxeram todos seus costumes e tradições, como o idioma, a culinária, as crenças, entre outros.





Imigração espanhola

Os imigrantes espanhois que vieram ao Brasil passaram por muitas dificuldades. Estes imigrantes, ao contrario de imigrantes italianos e alemães, se concentravam em sua maior parte nas cidades. Nestas cidades, os imigrantes não tinham boas condições de moradias, sendo que tinham que ficar em cortiços muito pobres. Esses imigrantes vinham ao Brasil em busca de emprego nas cidades, porém muitos não conseguiam o emprego que desejavam e tinham que trabalhar em empregos inferiores a sua qualificação. Os espanhóis vindos ao Brasil eram em sua maioria galegos, os castelhanos vinham em menor número. Os Galegos vem da Galiza, uma comunidade autonoma espanhola.





Postado por Alisson Serraglio

Sonho de uma realidade perdida - Parte 3

Trazemos aqui a terceira parte da história que criamos chamada: Sonho de uma realidade perdida. Você pode conferir as duas partes anteriores aqui e aqui.

Caminhava ofegante pelo estreito caminho por onde o jovem de face entristecida anteriormente havia desaparecido. A escuridão que há pouco tempo cobriu os céus tornava a visão de Zyndal densa. Guiava-se apenas seguindo o feixe de luz que reluzia o seu destino. Enfim havia chegado ao encontro do jovem Zap. Aquela área em especial se diferenciava do resto da favela, pelo fato de estar banhada pela luz que escapava do céu. Ao olhar para aquela construção, moderadamente diferenciada das casas que encobriam o morro sem fim, tinha-se a impressão de ainda ser de dia, ao contrário de todo o resto daquele universo que havia sido consumido pelas sobras. Da porta da construção, saiam pessoas. Pessoas sorridentes trajando roupas de organizações humanitárias com mensagens de igualdade, harmonia e solidariedade estampadas nelas. Estas pessoas traziam sacolas com alimento e roupas. Uma moça de cabelos ruivos e encaracolados entrega nas mãos de Zap uma sacola com pão. Ao tomar posse da sacola, o menino exalta um grito, e convoca todas as outras crianças que ali residiam.

De todas as partes começaram a surgir crianças. Pouco a pouco elas se reuniam nas proximidades do círculo de luz. Zyndal se surpreendera com o número de crianças que se concentravam naquele local. Era um número muito maior do que ele jamais poderia ter imaginado. No meio de tantos, Zap se destacava, distribuindo o alimento que recebera com todos que ali estavam presentes. Aquela cena mostrou-se de uma beleza surpreendente, a qual cativou o coração de Zyndal. Encostado no muro de um barraco fitou a cena por alguns momentos, até ter sido bruscamente interrompida por barulho. O tiro de uma escopeta ecoou por toda a favela. O som distraiu Zyndal da sua fixa observação, e ao voltar o seu olhar novamente para a cena que encantou o seus olhos, percebeu que não havia mais ninguém lá, e o feixe de luz que antes iluminava aquela área lentamente fechou-se diante dos seus olhos, deixando nada mais do que escuridão por toda a parte. Ele ouvia vozes, ouvia disparos, ouvia o som de veículos subindo o morro. Ele ouvia o caos. O coração antes tocado pela cena agora encontra-se num momento de tensão. Zyndal sai em disparada. Tragicamente aquela era uma realidade consumida pela violência, assim como também consumida pela escuridão repentina.

Entre barracos acreditou ter encontrado um esconderijo da violência que se agravava na região. Sentou-se num canto para aguardar o término daquela situação. Com o passar dos segundos, o barulho apenas tornava-se mais agudo. Inesperadamente, a favela é tomada pelo silêncio. Uma vez tomado conta disto, Zyndal se levanta. As nuvens do céu tornaram-se menos densas, transformando a escuridão num cenário semelhante a uma fria manhã nublada. Ao seu lado, aquele vulto que anteriormente se manifestara quando as nuvens escondiam a claridade aparecia novamente apontando para alguma coisa. Mais uma vez seguiu as direções daquele ser misterioso. Eis que então sua vista é tomada pela surpresa. Uma casa é rodeada pela multidão, por sua vez bloqueada pela polícia. A violência mais uma vez toma a vida de um inocente. Tratava-se de uma senhora idosa. Zyndal avista novamente Zap. Sua alma é tomada pelo pavor, ao ver que ele possuía um olhar muito mais entristecido do que quando primeiramente se encontraram. Aquela não era uma senhora idosa qualquer. Ele ouviu da boca de uma mulher próxima a ele que ela era única pessoa neste mundo que havia restado para cuidar dele. As palavras da mulher lhe afetaram de tal modo como se tivesse levado uma facada no peito. Aquela pobre criança já não tinha mais quem cuidasse dele. O menino é levado no carro da polícia, morro abaixo.

Quando o carro já não podia mais ser visto a olho nu, Zyndal mantém-se perplexo. Todas as cenas que presenciou lhe eram de alguma maneira familiares. Era como se ele sentisse em dobro toda a dor que aquela criança sofria. Seu momento de reflexão era novamente interrompido pelo vulto. Desta vez, Zyndal notou algo diferente. Ele percebeu que a escuridão que compusera a essência daquele vulto refletia algo, como se fosse um espelho. Ao olhar fixamente para o vulto, viu naquele reflexo não a sua face, mas sim o rosto de Zap. Naquele momento, o vulto começa a tomar uma nova forma. Zyndal se afastava lentamente dele, enquanto crescia e tomava o aspecto de uma espécie de monstro. Uma face distorcida torna-se visível, e aos poucos se transformava, até finalmente tomar forma, não de um demônio, mas sim a forma da própria face de Zyndal. Uma face que exaltava ódio e temor. O vulto move-se na direção dele, encobrindo-o completamente. Zyndal não se encontrava mais na favela, mas sim caindo dentro de uma dimensão obscura, onde não havia nada mais do além do próprio nada.

Não perca amanhã a postagem da última parte da nossa narrativa.

Postado por: Alisson Tres e Patrícia

Charge da semana


A charge desta semana possui várias interpretações, porém três chamaram nossa atenção. Uma um tanto quanto histórica e as outras duas de características modernas.

A interpretação histórica se refere aos tempos em que negros eram usados como escravos e traziam em suas costas o sustento de seus patrões. Em tal época os escravos eram tratados como animais trabalhando muito e recebendo em troca um prato de comida e um lugar para ficar.

A segunda possibilidade seria a de que na contemporaneidade as crianças africanas, frágeis e famintas, são tão impercebíveis aos olhos de quem tem uma vida normal, com alimento e roupas em bom estado, que poderiam ser comparadas a pequenas estruturas que sustentam uma mesa. Estruturas estas que ficam no chão e quando com sorte recebem algumas migalhas que a pessoa que esta ocupando a mesa deixou cair.

A terceira interpretação seria de que na atualidade o conforto de muitas pessoas é sustentado pelo trabalho árduo, quase escravo, de membros de classes inferiores. Pessoas que trabalham de sol a sol e muitas vezes não possuem dinheiro suficiente para sua alimentação.

Postado por: Alisson Tres e Patrícia


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Imigração italiana e alemã - Parte II

Imigração Alemã

Os Alemães foram os primeiros imigrantes que chegaram às terras gaúchas e assim foi criando-se colônias próximas a rios. Foi no ano de 1824 que se fundou a primeira colônia de alemã no Brasil às margens do Rio dos Sinos no Rio Grande do sul.
Os Alemães que vinham para terras brasileiras passaram por muitas dificuldades até se habituarem a nova forma de vida. Com a formação de colônias alemãs foi mais fácil, sendo que eles poderiam continuar com seus costumes, suas crenças e o seu idioma. Abaixo temos fotos de casas típicas alemãs, construída por imigrantes.






No livro O continente de Érico Veríssimo, que conta com dois volumes, conta a história do Rio Grande do Sul de suas guerras. Em muitas partes dos dois livros é retratada a chegada dos imigrantes alemães no estado. Nos livros pode-se observar que a população da pequena vila, chamada de Santa Fé, ficava impressionada de como eram diferentes aquelas pessoas, seus costumes, suas roupas e o seu idioma que não era entendida por nenhum morador da pequena vila. Mostra-se também uma preocupação do padre da vila, ao querer saber se os alemães são protestantes. E então forma-se então uma colônia alemã fictícia chamada de Nova Pomerânia, a alguns quilômetros de Santa Fé. No livro é retratado com muita ênfase o trabalho exercido pelas famílias alemãs, que em fila indiana iam com suas enxadas na mão trabalhar abaixo de forte sol. Isso mostra a vontade dessas pessoas de trabalharem, de produzirem para que o sonho de vir a América e elevarem a condição social se tornassem uma realidade.



Os costumes e tradições se mantiveram vivos entre a população. Um evento conhecido mundialmente é a Oktoberfest que ocorre todos os anos em Munique, na Alemanha. Mas aqui no Brasil foi criada a Oktoberfest em Blumenau, que sustenta um público superior a 700mil pessoas por ano. A festa ocorre em Blumenau desde o ano de 1984. A Oktoberfest de Blumenau mantém viva a tradição alemã que foi trazida pelos seus imigrantes a mais de 150 anos.



O total de imigrantes alemães que o Brasil recebeu foi de aproximadamente 235.846, estes que se dividiram em varias colônias espalhadas por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Foram esses imigrantes junto com os imigrantes italianos que formaram o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil. Esses imigrantes em que todos iam para a roça trabalhar, a família inteira, não poupando esforços para poder crescer. A força do trabalho de cada família alemã está hoje evidente no nosso dia-a-dia com um Brasil que se desenvolve graças a esses imigrantes que constituíram a base e os pilares para que o Rio Grande do Sul e o Brasil cresçam cada dia mais.
Postado por Alisson Serraglio

Sonho de uma realidade perdida - Parte 2

Hoje trazemos a segunda parte da história que inciamos ontem intitulada Sonho de uma realidade perdida. Esperamos que continuem aproveitando esta narrativa que criamos para a publicação no blog.

Caminha num ritmo menos acelerado do que aquele o qual tomava para realizar o trajeto casa-trabalho e vice-versa. Até porque a declividade do terreno não era favorável a um caminhar acelerado e correr naquele momento se mostrava como algo sem sentido. Enquanto colocava um pé a frente do outro, perambulava pelos caminhos que em sua maioria eram estreitos e formavam curvas diante das casas que estavam ao seu redor. Não eram casas ou apartamentos do seu cotidiano e dos das pessoas com quem era chegado. Eram barracos construídos com papelão e outros materiais que facilmente poderiam ser encontrados no lixo, alguns ainda com o privilégio de ter uma parte construída em tijolos. Nelas se amontoavam uma quantidade esmagadora de pessoas. Zyndal dividia os contornos das ruas com crianças mal vestidas, correndo e brincando, algumas com galhos e uma ou outra que possuía um brinquedo que mais parecia um pedaço de sucata do que um brinquedo propriamente dito, com o cheiro putrificado da falta se saneamento básico. Ele sentia um aperto no peito ao ver todas aquelas cenas. Tão fixadas nelas, por pouco não esbarrara num menino que estava logo a sua frente.

Zyndal pôs-se a observar o jovem que estava a sua frente. Roupas maltrapilhas como as dos outras crianças e o cheiro peculiar o qual muitos dividiam por viver naquelas condições. Mas possuía em especial, um aspecto extremamente chamativo o qual não tinha notado nos outros residentes daquele espaço e que tirava a atenção de qualquer outra característica do jovem: os seus brilhantes olhos escuros entristecidos. Aqueles olhos que por si só poderiam descrever a palavra tristeza. Aquela criança trazia um olhar de tristeza que jamais vira em sua vida nem na vida real, nem na ficção. Por alguns minutos, ficaram se entreolhando. Não abriram a boca, apenas trocaram olhares. O momento interação se mostra bruscamente interrompido pela voz feminina grossa que ecoava de uma distancia não muito grande do local onde contracenavam. “Ô Zap,vem pra cá menino!”. Em resposta ao chamado, o menino correu entre os barracos ao encontro da voz.

Ao ver o jovem desaparecer entre as moradias, um sentimento confuso toma conta da mente de Zyndal. Todas aquelas imagens que via a sua volta lhe davam uma sensação de novidade e ao mesmo tempo, lhe pareciam ser... Familiares. No momento em que terminou sua linha de pensamento, seu olhar se direcionou ao céu. O que antes refletia o céu ensolarado e sem nuvens, começa a ser encoberto por densas nuvens púrpuras. Em poucos segundos, todo o azul reluzente foi consumido pelas trevas. Apenas um feixe de luz surgia entre o céu consumido, este apontando para um local entre os barracos, na mesma direção em que o menino havia desaparecido. Zyndal é tomado por um sentimento de desconfiança. Ele olha para trás e encontra um vulto, de tonalidade mais obscura que a do céu, apontando para aquela direção. Tomado pelo medo e ansiedade, Zyndal segue o caminho que Zap tinha acabado de percorrer.

A história de Zyndal continua amanhã, na terceira parte de Sonho de uma realidade perdida.
Postado por: Alisson Tres e Patrícia

Pobreza no mundo preocupa 94% dos brasileiros, diz pesquisa

A pobreza extrema no mundo é considerada um problema muito grave para 71% das pessoas em 23 países do mundo, segundo um levantamento encomendado pelo Serviço Mundial da BBC.

No Brasil, 94% das pessoas ouvidas afirmaram que a pobreza no mundo é um problema muito grave atualmente.

O levantamento, que ouviu mais de 25 mil pessoas nesses 23 países, indicou a pobreza extrema no topo das preocupações entre uma lista de 13 problemas que afetam o mundo atualmente.

Os problemas ambientais e com poluição ficaram em segundo lugar entre as questões vistas pelos entrevistados como os mais graves atualmente no mundo, com 64%. No Brasil, 90% afirmaram ver esses problemas como muito graves.

Em terceiro lugar na lista está o aumento no custo dos alimentos e da energia, considerado muito grave por 63% dos entrevistados. No Brasil, 77% disseram ver esse problema como muito grave, mas a questão é apenas considerada a oitava mais grave entre os brasileiros.

Fonte: BBC Brasil

Comentário
O povo brasileiro se preocupa bastante com a situação da desigualdade social e da pobreza, sendo essa sua maior preocupação, o que pode até ser considerado positivo neste contexto. Porém, em muitos casos a participação da pessoa nessa cruzada para por aí. Muitos não realizam nada de concreto para ajudar a diminuir a pobreza ou ao menos deixar todos cientes do que está acontecendo.
Também a fiscalização das pessoas em torno das ações dos poderes públicos é importante, para que aja mais combate efetivo à pobreza e menos desvio de verbas para outros lugares.
Postado por Clei

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sonho de uma realidade perdida - Parte 1

Buscando novas alternativas para tratar das desigualdades, hoje traremos a primeira parte de uma narrativa de nossa autoria, referente a esta temática.

Nos próximos dias traremos textos que juntam forma a história que intitulamos como:
Sonho de uma realidade perdida. Esperamos que aproveitem esta narrativa.

O relógio da catedral apontava poucos minutos para as seis da tarde. Um funcionário se preparava para badalar o sino, cujo som ecoaria por toda a cidade, alertando todos os cidadãos do horário que se aproximava. Caminhando a passos largos, com olhar fixo no horizonte, carregando a pasta com os bens utilizados no cotidiano trabalho do escritório, sem direcionar o olhar a qualquer outro ser humano que passasse pela sua pessoa, Zyndal dos Santos saíra do local de trabalho, ansioso para chegar em casa e descontrair-se até o final do dia, quando repousaria para o próximo árduo dia de trabalho. Como característico do auge do inverno, naquele momento o sol quase que já tinha se posto e as luzes dos postes já se providenciavam a fraca luz que iluminaria as calçadas até o próximo amanhecer. Ele já estava a meio caminho de casa. Sua mente apenas preocupava-se com o retorno a moradia. Tão forte tal ideal o fez ignorar o jovem de roupas esparramadas que viera lhe pedir esmola. Nada o tiraria daquele transe que o desprendia do resto do mundo. Não lhe chamava a atenção os meninos da rua nem os mendigos adormecidos que caracterizavam as ruas da metrópole que constituíam o seu trajeto. Uma vez concluída a travessia do trabalho até em casa, tomava banho, jantava, entretinha-se com a televisão ou computador e repousava, sem nenhuma preocupação no mundo.

Talvez por alguma razão de força maior, aquela noite de sono se diferencia de qualquer outra. No momento em que o inconsciente caiu em repouso, e logo surgiu a imagem que o levaria na jornada de sua vida. A escuridão do pensamento logo tomava forma. Aderia cores boreais, cuja nitidez crescia a cada segundo, até tomar a forma do mundo em que o sonho tomaria ação. Zyndal logo havia se materializado naquele espaço. Olhava para os lados e via o triste cenário onde fora abandonado. A fileira de casas precárias presas a um terreno inclinado que subia até os céus, numa imagem que parecia não ter fim. Zyndal encontrava-se numa favela. Olhava para os lados, procurando a saída, não fazendo a mínima idéia do porque de estar lá naquele momento. Mas o esforço era inútil. Assim como para o alto a favela se estendia até o infinito, o mesmo acontecia com a sua descida. Não vendo nenhuma alternativa, pôs-se a explorar o território.

Esperamos que tenham gostado do que foi apresentado até agora. Amanhã, postaremos a segunda parte da história.

Postado por: Alisson Tres e Patrícia

As faces do frio

Veja essa crônica escrita por Alexandre Fetter, uns dos mais importantes comunicadores do sul do país sobre o inverno, publicado no jornal Zero Hora:
As faces do frio
Quando nós fomos convidados a participar deste espaço pensei em discorrer sobre as maravilhas do inverno.
Desfrutar da possibilidade de imaginar com os leitores os cheiros e gostos da estação do frio, que aguça o paladar e nos faz querer esquentar partes do corpo que nem lembrávamos mais que existiam. O momento sublime do banho e da cama quente. Todas as sensações às quais estamos acostumados. Mesmo com as queixas sobre o frio e a umidade.
Vivemos aqui no Sul, o inverno mais rigoroso do país, e sabemos tirar proveito disso com elegância e criatividade. Até optamos por ir para a Serra ao encontro do frio. Fogões à lenha, sopas, vidros embaçados, pisos e lençóis térmicos, casacos de pena de ganso, bancos do carro que esquentam. O mate, o café preto forte, o feijão, o secador de toalhas no banheiro, a secadora de roupas, a manta e a touca, o vinho. Necessidades básicas atendidas para amenizar a chatice da estação.
Para quem circula na faixa social entre remediados e ricos, o inverno é mais um motivo para buscar alternativas de diversão, entretenimento e boa gastronomia. Cafés coloniais, galeterias e cantinas, tudo sempre lotado e muito disputado. Barriga cheia e corpo quente é definitivamente a combinação perfeita para passar-se bem pelo inverno.
Num outro quadro, a disputa acirrada por vagas debaixo de pontes e marquises. O chão duro, frio e úmido da casinha pobre ou da rua. A roupa molhada. As filas nas emergências, as doenças respiratórias. As crianças de rua.
A comida, que quando tem é quase sempre fria, exceto quando aquelas pessoas especiais de espírito diferenciado abandonam o conforto de seus lares e saem à rua a distribuir sopa e agasalhos para esses pobres miseráveis. Quem já não viu esta cena? Quem já não foi tocado por esta cena?
Quem é capaz de fazer igual?
A vida ao relento e sua triste sentença.
O inverno separa ainda mais pobres de ricos pelos hábitos. Só os une na esperança de que dias mais secos e quentes não demorem a chegar.

Comentário sobre a crônica
Como se pode observar, o inverno, mais do que as outras estações, deixa plenamente visível as diferenças entre as classes sociais. Enquanto os mais ricos tem suas necessidades atendidas e podem ter um certo conforto nessa estação tão horrível, os mais pobres sofrem ainda mais, pois não tem condições de ter todos os "aliviadores" de frio que os mais ricos possuem.
Porém também é pertinente destacar as ações solidárias das pessoas, que mesmo tendo o conforto em casa e podendo não sair em seus horários de descanso no frio, o fazem para ajudar aqueles que tem condições de vida precárias e que necessitam dessa ajuda.
A única coisa que une todas as pessoas no inverno é de fato o desejo pela volta do verão.
Postado por: Clei

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Imigrantes Italianos e alemães no Brasil – Parte I

Essa postagem sobre a imigração se divide em três partes, primeiro a parte sobre imigrantes italianos vindos ao Brasil, à segunda parte de imigrantes alemães e por último uma postagem sobre os imigrantes portugueses, japoneses e espanhóis. Com o objetivo de mostrar que o Brasil tem uma economia desenvolvida à base do árduo trabalho desenvolvido por estes imigrantes nas terras brasileiras.

Italianos

A partir de 1870 a imigração de italianos que vieram ao Brasil em busca de baixos impostos e boas condições financeiras através do árduo trabalho na agricultura. Alguns imigrantes tinham a idéia de ficar ricos e depois poder voltar para suas aldeias natais e lá então ocupar uma posição de destaque.

Como nessa época a parte mais desenvolvida do Brasil era o estado de São Paulo com as lavouras de Café, a parte mais ao sul do Brasil tinha imensas terras sem serem aproveitadas com a agricultura. Os Estados Unidos era o país que mais recebiam imigrantes, e como o governo começou a barrar a entrada destes no solo americano, muitos italianos e alemães decidiram vir ao Brasil, com objetivo deles era chegar à terra prometida, a América. Veja a seguir o cartaz que motivavam italianos a virem ao Brasil, onde o governo os daria terras e utensílios para agricultura, dessa forma que muitos italianos vieram ao Brasil em navios onde famílias inteiras tinham a convicção que encontrariam uma vida melhor na América.


Observa-se que a imigração em massa que ocorreu de italianos no Brasil foi concentrado em basicamente três estados sendo eles, São Paulo, Rio grande do Sul e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, a cidade de Caxias do Sul foi a que tem uma caracterização mais forte com a tradição italiana. Veja a seguir três fotos que caracterizam italianos que vieram ao Brasil.


Replicas de casas de colonos italianos que estavam em exposição na Festa da Uva em Caxias do Sul.



Parreiral de uvas plantado por italianos na cidade de Caxias do Sul.




Uma família italiana em que todos trabalhavam, seja na agricultura ou com os animais sendo que as mulheres também participavam de atividades agrícolas além de cuidar da casa e dos filhos. Esse é o retrato do inicio da industrialização no Brasil, que hoje só é um país industrializado graças à força do trabalho dessas pessoas. Estas que povoaram o Brasil e mesmo longe da Itália mantiveram os seus costumes que se mantém vivos até hoje nos seus descendentes, que se orgulham por saber que seus familiares foram de uma grande importancia para o desenvolvimento de uma nação.


Referências bibliográficas:
http://www.festanacionaldauva.com.br/2010/site/
http://www.imigrantesitalianos.com.br/
Livro: O Continente, de Érico Veríssimo partes I e II


Postado por Alisson Serraglio

O Projeto do Milênio e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio



Dando continuidade a postagem referente ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), hoje trataremos do Projeto do Milênio e dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (no Brasil também conhecidos como 8 Jeitos de Mudar o Mundo).

O Projeto do Milênio foi idealizado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, em 2002, com o objetivo de desenvolver um plano de ação global que possibilitasse a reversão do quadro de pobreza, fome e doenças em que muitas pessoas se encontram. Esse plano global propõe soluções diretas para que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam alcançados até 2015. Estes objetivos foram propostos pela ONU na Declaração do Milênio no ano de 2000 e adotados pelos 191 países membros da organização.

Foram estabelecidos oito objetivos para estes 191 países alcançarem até 2015:
  1. Erradicar a extrema pobreza e a fome
  2. Atingir o ensino básico universal
  3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
  4. Reduzir a mortalidade na infância
  5. Melhorar a saúde materna
  6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
  7. Garantir a sustentabilidade ambiental
  8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento

Os organizadores do Projeto do Milênio acreditam que a humanidade já possui conhecimento e tecnologia suficientes para resolver a maioria das dificuldades enfrentadas pelos países mais pobres do globo, embora estes não estejam sendo utilizados de forma que possam suprir as necessidades de todas as nações. Portanto, o projeto visa realizar expansões dentro deste aspecto.

O PNUD no Brasil vem realizando vários projetos afim de contribuir para que o país possa concretizar os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, buscando desenvolvimento, fortalecimento e modernização institucionais de estados e municípios, com uma maior participação do setor privado e da sociedade civil nestes projetos.
Para maiores informações, você pode conferir dentro do site da PNUD detalhes sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o Projeto do Milênio.
http://www.pnud.org.br/odm/index.php#
http://www.pnud.org.br/milenio/index.php
Você também pode conferir o Portal do Acompanhamento Municipal dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio e o site do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, que apóiam o desenvolvimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
http://www.portalodm.com.br/
http://www.nospodemos.org.br/


Postado por: Alisson Tres

Rosseau e a desigualdade social

Jean-Jacques Rousseau foi um grande pensador e filósofo francês que viveu no século XVIII e escreveu a obra "Discurso sobre a origem da desigualdade", onde reflete sobre a origem do homem e das desigualdades.
Nessa obra ele começa falando sobre o "homem natural", que caçava, pescava e as vezes se juntava com outros homens para se defender, no entanto ainda não vivia em sociedade nem tinha ganância ou maldade. Como ao seu ver a sociedade e o homem tendem sempre a evoluir (princípio da perfectibilidade), então o homem passou a construir moradias e a viver em família, mais tarde passou a viver em sociedade.
Foi ao passar do tempo em sociedade que surgiu os princípios de: propriedade (dividiu os homens em ricos e pobres), surgiram os governos (dividiu os homens em governantes e governados) e os estados despóticos (dividiu os homens em senhores e escravos).
Por isso as desigualdades sociais surgiram pelo ponto de vista de Rousseau, no entanto se seguirmos o seu princípio de perfectibilidade, a sociedade há de avançar com o passar do tempo para um estágio de igualdade e justiça.

Fonte de base: J-J Rousseau e o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Disponível em: http://www.unicamp.br/~jmarques/cursos/rousseau2001/aso.htm

Postado por Clei

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Documentário: Ilha das Flores



Os vídeos postados acima constituem um curta-metragem denominado Ilha das Flores. Escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, esse longa mostra, de forma satírica e chocante as relações que existem dentro da economia, e as desigualdades que surgem dentro destas relações. Muito bem recebido pela critica, a obra abocanhou vasta variedade de prêmios: 9 prêmios no 17º Festival de Cinema de Gramado (dentre eles o de melhor curta-metragem), o prêmio Margarida de Prata (dado pela CNBB), além de prêmios internacionais, como o Urso de Prata no 40º Festival de Berlin. Até hoje esta película é elogiada e exibida, sendo um material frequentemente apresentado por professores aos seus alunos.

O documentário A Ilha das Flores faz uma análise critica e ao mesmo tempo assustadora das condições de vida de pessoas que vivem na extrema pobreza. Com o intuito de anexar a idéia de que pessoas que se alimentam com a mesma comida de animais, ou melhor, comidas que não servem nem aos animais. Essa idéia apresenta pelo cineasta Jorge Furtado tem como um de seus objetivos tocar o emocional das pessoas que assistem ao documentário, para que estas formulem uma consciência social.

A parte mais chocante do curta é quando os funcionários do dono da terra separam a comida para dar aos porcos e a comida que não presta nem aos porcos, como as provas de história e o tomate rejeitado pela dona de casa, é distribuída entre a população local. Conforme já citado a condição de extrema pobreza vivida por essas pessoas é algo de se espantar, visto que não possuem condições mínimas de vida e estão competindo com porcos por restos de comida.

Através de uma série de comparações, é possível perceber o quão impactante pequenos aspectos do nosso cotidiano como um simplório tomate, conforme exemplificado na película, influenciam e constroem o funcionamento das relações comerciais. O filme consegue, com certo caráter humorístico, demonstrar o funcionamento e constituição da economia, nos levando até a localidade da Ilha das Flores, onde os resultados negativos deste cotidiano consumista capitalista em que vivemos se manifestam, onde até os animais como os porcos, que não possuem o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor, ganham mais destaque do que outros seres humanos.

Postado por: Alisson Tres, Alisson Serraglio e Patrícia

Desigualdade social e política

Estudo concluído em janeiro pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) – “Evasão e desigualdade na América Latina e Caribe” – reitera, uma vez mais, que os países da América Latina, embora não sejam os mais pobres do mundo, são os de maior desigualdade. O trabalho destaca, particularmente, a importância do papel do Estado nas políticas de distribuição de renda “tanto por meio do uso de instrumentos relacionados com o gasto público quanto pelos instrumentos vinculados aos sistemas tributários”.

O tema está na pauta do debate entre petistas e tucanos. “A definição do papel do Estado e da política fiscal constitui, nessa perspectiva, uma ferramenta fundamental para a construção de uma maior igualdade”, escreve Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, na introdução do estudo. A arrecadação de impostos e os mecanismos ilícitos da evasão fiscal são os focos principais do trabalho, realizado em sete países latino-americanos e o Haiti.

O Brasil, no entanto, é colocado sob foco em alguns momentos. E se sai muito mal em alguns casos, como mostra a tabela de desigualdade, utilizado o coeficiente de Gini, em que o número “zero” corresponde à igualdade perfeita e “1” representa a desigualdade perfeita. O gigante do continente vem em último lugar com 0,58, quando a média é 0,53.

Há um destaque positivo para a demonizada Venezuela de Hugo Chávez (à frente do país desde 1999), que, embora ainda amargue grande disparidade social, alcança a menor desigualdade, com coeficiente em torno de 0,45. Antes de Chávez, o país se aproximava de 0,50.

Reduzir a pobreza, diminuir a desigualdade e promover a distribuição de renda têm sido ingredientes do extenso cardápio de promessas não realizadas dos políticos. Malgrado isso, desde 2002 (ver tabela) vem melhorando o pavoroso quadro de pobreza e indigência na América Latina. Tendo como referência 1980, o ano de 2002 marca o início de uma queda no número de indigentes e de pobres não indigentes. O século XXI começa com melhores possibilidades sociais. Acende, pelo menos, uma vela de esperança. Talvez, nada mais.
Autor: Maurício Dias
Fonte: Coluna da Carta Capital online

Comentário:
Como podemos observar nessa coluna a desigualdade na América Latina é algo muito presente e no Brasil, mesmo após os vários anos de programas assistencialistas do governo Lula, ainda é um cenário lastimável. Um país da América do Sul que merece destaque é a Venezuela, que durante o governo Chavez conseguiu diminuir as desigualdades, porém as custas de um governo quase ditatorial de um presidente de atitudes e ações muito questionáveis e que por vezes atacam os mais básicos direitos dos seres humanos, como o de liberdade de expressão.
Já no Brasil, esse ano se realizará eleições e por isso começam as campanhas políticas e as promessas dos candidatos de lutarem contra as desigualdades presentes. Cabe a nós eleitores analisar essas propostas antes de decidir o voto, para eleger candidatos de forma consciente buscando de fato que o cenário atual melhore. Não importa qual a denominação partidária do candidato, é importante a análise das promessas e sua possibilidade de realização, para que não ocorra novamente de promessas feitas e não cumpridas como vemos tão frequentemente.
Outro aspecto muito relevante é que devemos acompanhar as ações dos políticos que forem eleitos, para que assim seja mais provável que as promessas de campanha sejam mantidas e cumpridas, além é claro de buscar a diminuição da corrupção vista.
Postado por Clei

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Programas assistenciais


Existem diversos programas do governo para ajudar a melhorar a situação no Brasil, um deles é o Bolsa Família um programa governamental que foi implantado pelo presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva no ano de 2003. Este programa é direcionado a famílias pobres e de extrema pobreza no Brasil.
É um programa que traz benefícios a famílias carentes como o direito a saúde, alimentação, educação e assistência social a todos os beneficiados. Para ser um beneficiado é preciso ter uma renda inferior a R$: 140,00 mensais, e assim o valor do beneficio pode variar de R$ 22,00 á R$ 200,00.
Esses programas criados pelo governo são de suma importância, visto que o programa Bolsa Família diminuiu a pobreza extrema no Brasil de 12% em 2003 para 4,8% em 2008. Essa forma de participação do governo é fundamental e ajuda a diminuir a desigualdade social no Brasil, assim formando um país mais desenvolvido. O Bolsa Família integra o programa Fome Zero que é outra medida do governo para melhorar as condições de vida da população.
Além da participação do governo para diminuir a pobreza no Brasil é muito importante as ações de ONGs e entidades que visam auxiliar de alguma forma as pessoas mais pobres. Campanhas realizadas por empresas e escolas que arrecadam alimentos para as pessoas carentes são atitudes a serem seguidas por todos na sociedade. Contribuir com um alimento, ou um agasalho é uma atitude nobre que merece o reconhecimento e acima de tudo a satisfação por ajudar o próximo.

http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/

Postado Por Alisson Serraglio

Charge da Semana


A charge desta semana nos remete a pensar sobre a temática da pobreza, a qual muitas vezes possui um aspecto “pesado” como ilustra a charge. Refletindo sobre a mesma, o que será que o personagem queria nos mostrar ao dizer que eles não têm vidas?

Entre os milhões de habitantes do nosso planeta aquela família se encontra em um baixíssimo nível de pobreza, semelhante ao de milhares de outras pessoas. Apesar de constituírem um grupo gigantesco, as condições de miséria em que se encontram lhes dão certa característica de anonimato. Estas passam a ser apenas mais algumas pessoas nas profundezas da sociedade moderna.

Esta característica de anonimato que lhes é atribuída exibe uma idéia de que a existência desses personagens não faz diferença alguma, tirando em parte a importância de suas vidas.

Postado por: Alisson Tres e Patrícia

Desigualdade social reforça Aids na América Latina e no Caribe

As desigualdades sociais e econômicas, somadas em alguns casos à falta de atendimento oficial, reforçam a pandemia da Aids na América Latina e no Caribe, segundo um relatório apresentado nesta sexta-feira (27) em Bogotá pela Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).

Além dos amplos contrastes como entre o Haiti, o país mais afetado, e Chile, o que tem menos casos, o estudo ressalta a baixa incidência da doença no Equador e na Argentina, assim como os avanços no Brasil, Colômbia e México, entre outros, lembrou Francisco Moreno, diretor-geral de Saúde da Cruz Vermelha Colombiana.

O relatório, intitulado "A desigualdade aguça a pandemia do HIV: enfoque especial na resposta das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha na América Latina e no Caribe", pede maior atenção às pessoas com maior risco.

Pelo menos 140 mil novos casos de Aids foram registrados na América Latina em 2007, último ano para o qual há dados. Com isso, o número de soropositivos na região chega a 1,7 milhão de pessoas

No mesmo período, mais de 60 mil pessoas morreram por causa da doença, acrescenta o relatório.

Nesse mesmo ano, quase 20 mil pessoas foram contaminadas com o vírus e 14 mil morreram no Caribe, principalmente no Haiti e na República Dominicana.

Jovens, prostitutas, garotos de programa e seus clientes, homossexuais, transexuais, detentos e usuários de drogas são considerados pelo estudo como os grupos de maior risco.

Segundo o relatório, essas pessoas são as que menos têm possibilidades de acesso às campanhas de prevenção e de conscientização.

Pessoas que vivem em zonas remotas, entre elas os indígenas, também são grupos vulneráveis.


Fonte: G1


Comentário sobre a reportagem

Como podemos ver, a doença mais perigosa de todo o século também tem sua propagação favorecida pelas desigualdades sociais tão presentes em nosso continente. Os grupos mais pobres, destacadamente, tem acesso reduzido às informações sobre a doença além de terem esclarecimento reduzido em todos os aspectos ligados principalmente ao estudo de nível médio e das últimas séries do fundamental.

As campanhas de conscientização são importantes, no entanto enquanto o nível de esclarecimento desses grupos não melhorar e os antigos preconceitos não forem abandonados, sem falar é claro dos boatos sem fundamentos que geralmente são divulgados por pessoas que tem pouca responsabilidade com a veracidade de suas informações e que muitos acabam por acreditar, não haverá campanha realizada por órgãos públicos e organizações não-governamentais que consigam conscientizar de fato a população.

Um avanço muito grande no aspecto da prevenção são as diversas políticas de redução de danos, que ao invés de tentar tirar pessoas dos grupos de risco, especialmente os usuários de drogas, por tirá-los da realidade em que estão, o que é muito difícil, passam a tentar tirar essas pessoas do grupo de risco apenas da doenças, com por exemplo o uso de seringas descartáveis. Se não se pode tirar todos os usuários de drogas injetáveis e ilícitas, que ao menos diminua o risco dessas pessoas contraírem AIDS.

Postado por Clei

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Bono Vox, o astro ativista





O cantor irlandês Bono Vox, é reconhecido mundialmente por ser membro da banda U2. Sendo esta uma das maiores bandas do mundo, Bono além de ser reconhecidos por suas letras, também participa como ativista em tons políticos, sociais e religiosos. Nas letras das musicas compostas por Bono podemos notar questões sociais como, por exemplo, algumas retratam as condições sociais do mundo dando ênfase à fome na África.
Bono fundou várias organizações para obter ajuda para paises pobres, e também para a maior distribuição de renda de países africanos. No ano de 2005 Bono foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para combater a fome no continente Africano, esse reconhecimento o ajudou a levantar mais fundo para questões sociais.
Em uma manifestação que 116 milhões de pessoas participaram contra a pobreza mundial, essa manifestação denominada Stand Up and Take Action (Levante-se e Entre em Ação) feita em 131 paises para lembrar os governantes que prometeram a 8 anos atrás a diminuir pobreza na maior partes dos paises africanos até o ano de 2015. Essa manifestação não teve grande repercussão na mídia, mas Bono ao ver o protesto decide construir uma musica, esta que ainda não está pronta, mas denomina-se: Stand up. “Quebrar uma promessa feita a você mesmo, seu parceiro, sua família, promessas de um político a seus eleitores, tudo isso é ruim. Mas quebrar uma promessa feita às pessoas mais pobres e vulneráveis do mundo é um crime hediondo. Isso é inaceitável”, com esse relato e todas as atividades que Bono desempenhou para combater a pobreza mundial conhecemos um pouco mais do lado humanitário de um artista consagrado por suas musicas e sua preocupação com a pobreza mundial.
Confira abaixo o video em que o Cantor Bono do U2, faz um apelo ao ex-presidente dos EUA George Bush e todos os outros lideres mundiais em 2005, no show do U2 em Chicargo contra a pobreza mundial.