domingo, 27 de março de 2011

Sobreveviendo - Mercedes Sosa


Sobreviviendo - Mercedes Sosa

Me perguntaram como vivia, me perguntaram
'sobrevivendo' disse, 'sobrevivendo'
Tenho um poema escrito mais de mil vezes
Nele repito que enquanto alguém
Proponha morte sobre esta terra
E se fabriquem armas para a guerra
Eu pisarei esses campos sobrevivendo
Todos ante ao perigo, sobrevivendo
Tristes e errantes homens, sobrevivendo

Sobrevivendo, sobrevivendo
Sobrevivendo, sobrevivendo

Faz tempo que não rio, como faz tempo
E isso que eu ria como um pintassilgo
Tenho certa memória que me entristece
E não posso esquecer de Hiroshima
Quanta tragédia, sobre esta terra
Hoje que quero rir apenas se pudesse
Já não tenho o riso como um pintassilgo
Nem a paz do auge do mês de janeiro
Ando por este mundo sobrevivendo

Sobrevivendo, sobrevivendo
Sobrevivendo, sobrevivendo

Já não quero ser somente um sobrevivente
Quero eleger o dia para minha morte
Tenho as mãos novas, vermelha sangue
A dentadura boa e um sonho urgente
Quero a vida para minha semente
Não quero ver um dia manifestando
Pelo paz no mundo aos animais
Como me riria esse louco dia
Ele manifestando-se pela vida
E nós apenas sobrevivendo, sobrevivendo

Sobrevivendo, sobrevivendo
Sobrevivendo, sobrevivendo

Esta linda música de uma das maiores cantores de toda América Latina, Mercedes Sosa, nos leva a pensar de em toda destruição que o homem pratica com seus semelhantes e com os animais, das guerras que fazemos pelos mais insignificantes motivos, recursos que poderiam ser usados para melhorar a vida de muitos e que são usados para destruir cidades, países, objetos históricos, animais, florestas e, principalmente, vidas.
Como nos diz a música, já não podemos apenas ser sobreviventes de um mundo louco cheio de destruição, temos que mudar essa realidade para melhor e começar essa mudança já, antes que seja tarde demais.

terça-feira, 22 de março de 2011

In the guetto - Elvis Presley


No Gueto Elvis Presley
Enquanto a neve cai
Em uma fria e cinza manhã de Chicago
Um pobre pequeno bebê de uma criança nasce no gueto

E sua mãe chora
Porque se existe uma coisa de que ela não precisa
É de outra boca faminta para alimentar no gueto

Então pessoas, vocês não entendem que a criança precisa de uma mão solidária?
Ou ela crescerá para ser um jovem homem faminto um dia
Dê uma olhada em você e em mim, nós estamos tão cegos para enxergar?
Nós simplesmente viramos nossas caras e olhamos o outro lado?

Bem, o mundo gira
E um pobre pequeno garoto com um nariz escorrendo
Toca na rua enquanto o vento frio sopra no gueto

E sua fome aperta
Então ele começa a vagar nas ruas à noite
E ele aprende como roubar e ele aprende como lutar no gueto

Então uma noite em desespero um jovem homem desaparece
Ele compra uma arma, rouba um carro, tenta fugir mas ele não chega longe
E sua mãe chora

Enquanto uma multidão se amontoa em volta de um irritado jovem homem
Caído na rua com uma arma em suas mãos no gueto

E enquanto seu jovem homem morre
Em uma fria e cinza manhã de Chicago
Outro pobre pequeno bebê uma criança nasce no Gueto

No gueto, no gueto


Esta música do rei do rock foi composta a muito tempo atrás, no entanto, por mais triste que isso seja, continua muito atual. Nos EUA, o comum é se ter guetos, mas podemos trazer isso para as tantas favelas espalhadas por todo o Brasil e por diversos outros países do mundo.
Quantos meninos nascem em famílias pobres e numerosas, levam suas mães ao desespero por não terem como sustentar mais essas crianças. Não há sensação pior para uma mãe que não ter condições de alimentar bem o seu filho.
Não é uma certeza, mas muitos acabam indo para a criminalidade, onde muitas vezes acabam morrendo em assaltos mal-sucedidos ou confrontos com a polícia, em alguns casos ainda matam outras pessoas no processo.
Assim como fala a música, esse círculo vicioso vai se repetindo sem parar, enquanto a maioria simplesmente olha para o outro lado, sem fazer nada. Até quando essa situação vai continuar? É necessário que os governos e a sociedade tome medidas a fim de diminuir a natalidade entre os mais pobres e dar condições para que todas essas crianças tenham condições de ter um futuro digno e possam realizar seus sonhos.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Obama no Brasil



No video a cima é retratado o reconhecimento do presidente dos Estados Unidos frente ao Brasil. A diminuição da pobreza, com mais da metade de seus habitantes sendo da classe média e a promessa de ser um país do futuro sendo concretizada atualmente.

sábado, 12 de março de 2011

Cidade mais cara do mundo fica na África

Cidade mais cara do mundo fica na África

Exploração de diamantes e madeira e influxo de estrangeiros fazem com que o continente tenha 3 cidades entre as 10 mais caras do mundo.
por Bruno Garattoni

1º Luanda, Angola

Aluguel* - R$ 12 129,60
Cafezinho** - R$ 197,40
Jornal importado*** - R$ 256,20
Lanche**** - R$ 909,60
Gasolina***** - R$ 95
R$ 13 587,80


2º Tóquio, Japão

Aluguel* - R$ 7 686,70
Cafezinho** - R$ 345,60
Jornal importado*** - R$ 288,60
Lanche**** - R$ 374,70
Gasolina***** - R$ 244
R$ 8 939,60


3º Jamena, Chade

Aluguel* - R$ 3 754
Cafezinho** - R$ 162,30
Jornal importado*** - R$ 368,10
Lanche**** - R$ 1 353,60
Gasolina***** - R$ 217
R$ 5 855


7º Libreville, Gabão

Aluguel* - R$ 3 609,42
Cafezinho** - R$ 216,90
Jornal importado*** - R$ 238,20
Lanche**** - R$ 1 407,60
Gasolina***** - R$ 192
R$ 5 664,12


21º São Paulo

Aluguel* - R$ 2 500
Cafezinho** - R$ 90
Jornal importado*** - R$ 750
Lanche**** - R$ 435
Gasolina***** - R$ 240
R$ 4 015


*Apartamento de dois quartos num bairro de classe média alta
**30 cafezinhos
***30 exemplares do New York Times
****30 lanches no McDonald’s
****100 litros

Fontes Mercer LLC, ONU e imobiliárias Oeste, Fernandez e Nova São Paulo.
http://super.abril.com.br/cotidiano/cidade-mais-cara-mundo-fica-africa-619052.shtml

terça-feira, 1 de março de 2011

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

Hoje recebi um email de um amigo que se tratava da tese de mestrado de um psicólogo da USP, este se passou por um gari por um mes inteiro e se tornou invisível aos olhos da população. Veja abaixo o conteúdo do email.

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO


'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'



'Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível'



Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.


O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.


Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.

'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.

Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.

Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central..


Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.

Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.

Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.

Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas
periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.

Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.

Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: passe adiante!


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