sexta-feira, 25 de junho de 2010

Charge da Semana


Analisando a charge que trouxemos esta semana, podem-se perceber dois aspectos distintos. Primeiramente, temos o protagonista da charge, o qual é um dos muitos que residem nas ruas das grandes cidades, não tendo outra alternativa a não ser residir nos cantos mais obscuros das mesma, sendo que a ponte, a qual é retratada na charge, é um dos exemplos mais comuns a serem citados.
O segundo aspecto se refere às pessoas que passam com seus carros pelas pontes. Juntando estes dois aspectos, obtém-se o humor da charge: o barulho excessivo dos veículos que passam pela ponte causando incomodo ao homem que abaixo dela reside, batendo no topo da ponte com uma vassoura, da mesma maneira que uma pessoa faz quando o vizinho de cima que está gerando algum tipo de incomodo.
O cenário da charge retrata uma situação comum na nossa sociedade. Temos nas grandes e modernas cidades variadas construções onde nela residem grande parte da população. Todos possuem pelo menos certa quantidade básica de bens como geladeira, televisão, camas, etc. Alguns outros já dispõem da posse de alguns bens a mais como um veículo, por exemplo. De qualquer maneira, ao passo que estas pessoas vivem no mínino com os instrumentos básicos para a sobrevivência, temos este indivíduo que vive em baixo da ponte, em completo contraste com o estilo de vida recém retratado. Os grandes centros urbanos conseguem abrigar gigantescas quantidades de estabelecimentos variados, veículos e seres humanos em contínuo movimento e tantas coisas mais, e ainda assim, não tem condições de proporcionar condições básicas aquele indivíduo.
O constante desenvolvimento tecnológico proporciona a evolução dos centros urbanos, mas normalmente não contribui para melhorar a vida das muitas pessoas que residem nas profundezas deles.
Postado por: Alisson Tres

terça-feira, 22 de junho de 2010

A obra de Cândido Portinari

Auto-Retrato. 1957. Óleo sobre madeira. 55 x 46 cm.

A arte inúmeras vezes serviu de instrumento para a propagação de idéias e sentimentos. Cândido Portinari, um dos mais renomados pintores brasileiros, trabalhou extensivamente com a temática das desigualdades sociais em sua obra, procurando retratar a dor que existe no desequilíbrio social que até hoje caracteriza a nossa sociedade.

Nascido em uma fazenda de café nas proximidades de Brodósqui no estado de São Paulo, este imigrante de italianos começa a demonstrar dotes artísticos desde a sua adolescência. Aos quinze anos de idade foi estudar na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e logo começou a ganhar notoriedade entre os colegas e professores. Suas habilidades lhe garantiram medalhas de ouro no Salão da ENBA, ganhado em 1928 uma viagem para a Europa. Com a experiência obtida no exterior, o artista volta ao Brasil em dois anos com sua estética completamente renovada, além de ter desenvolvido um interesse social muito maior. Nos anos seguintes continuou criando obras que adquiriam destaque internacional, também trabalhando em esboços e murais ao redor do mundo. Chegou a se juntar ao Partido Comunista Brasileiro, mas nunca chegou ao poder. Desiludido pela derrota e temendo a caça que era realizada contra os comunistas, passou quatro anos no Uruguai, até que foi chamado de volta à sua pátria por uma anistia. A partir dos anos 50 passou por graves problemas de saúde, apresentando sinais de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas. Apesar disso, o artista continuou desenvolvendo seus trabalhos, até a doença culminar-se em sua morte em 1962. Durante a sua vida, Portinari desenvolveu em torno de cinco mil obras, além de outras realizações como um painel para a Biblioteca do Congresso dos EUA, o altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte e os painéis “Guerra” e “Paz” que fez para a ONU.

Criança Morta. 1944. Óleo sobre tela. 176 x 190 cm.

Índia e Mulata. 1934. Óleo sobre tela. 72 x 50 cm.

Analisando as suas obras, é visível o foco na denuncia das desigualdades sociais na grande maioria delas. Estas traziam imagens do cotidiano das classes mais baixas, destacando-se principalmente os trabalhadores rurais e suas famílias. A tendência ao uso de tons escuros caracteriza a realidade destas pessoas, ao retratar o trabalho (muitas de suas obras mostravam vastas plantações com seus respectivos trabalhadores), as tristezas (como pode ser visto na obra Criança Morta), a realidade do meio em que vivem (a obra Índia e Mulata mostra um pouco da destruição da flora brasileira, provavelmente causada pelo rico homem branco), a miséria (notável em Retirantes) e a simplicidade de suas vidas (algo que pode ser observado na tela Flautista). O estudo e análise destas obras pode se tornar muito relevante quando se discute sobre as desigualdades sociais. Apesar de terem sido pintadas entre os anos 40 e 60, elas ainda conseguem retratar o cenário de pobreza que caracteriza grande parcela da população. A seguir temos mais algumas de suas brilhantes obras para poderem ser contempladas:


Retirantes. 1944. Óleo sobre tela. 190 x 180 cm.

Flautista. 1934. Óleo sobre madera. 46 x 37,5 cm.

Chorinho. 1942. Têmpera sobre tela. 225 x 300 cm

Postado por: Alisson Tres

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Viagem ao Pólo Petroquímico do Sul

Toda escola possuí o planejamento para a realização de viagens de cunho escolar para as turmas que administra. Estas viagens escolares sempre possuem um foco referente ao local e assunto que serão abordados, além da(s) específica(s) turma(s) que realizarão essa viagem. O objetivo destas normalmente se refere a algum assunto estudado recentemente ou a alguma data ou acontecimento recente. Já algum tempo, as turmas do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Bom Conselho anualmente realizavam uma viagem até o Pólo Petroquímico do Sul, localizado nas proximidades da cidade gaúcha de Triunfo, não estando muito distante da capital rio grandense. Sendo a disciplina de geografia uma das disciplinas que participaram desta viagem, foi nos requisitado como tarefa desta semana pelo professor a postagem de um relato referente a nossa viagem.

Nossa viagem focou-se na visita de duas das instalações pertencentes ao Pólo Petroquímico: Braskem (anteriormente conhecida como Copesul), uma empresa de Primeira Geração, ou seja, uma empresa que atua no fornecimento de matéria prima e a Corsan-Sitel, empresa responsável pelo tratamento dos efluentes gerados no pólo.


A Braskem é responsável pela transformação da Nafta, subproduto obtido através do petróleo, em gases e líquidos, os quais são utilizados pelas empresas de segunda geração para a transformação em plástico, borracha e outras matérias.

As diversas atividades operacionais do pólo petroquímico geram poluentes, e a Corsan-Sitel é a responsável pelo tratamento destes efluentes. Tanto compostos orgânicos quanto inorgânicos, através de todo um processo de tratamento são completamente eliminados, podendo assim retornar ao meio ambiente. Durante todo o nosso passeio foi possível compreender sobre o funcionamento destas empresas e os processos por elas utilizados para desempenharem as suas funções.

Durante a produção desta postagem, foi abordada uma questão que necessitou certa discussão e reflexão... Como poderíamos relacionar a experiência que tivemos neste passeio escolar com o tema do nosso blog, as desigualdades sociais?

Achar uma solução a esta questão na realidade não foi tão complexo quanto talvez possamos imaginar. A verdade é que tudo está ligado de alguma forma. Talvez de maneira não tão nítida, mas nem por isso inexistente. Um aspecto interessante destas empresas são os projetos sociais que estas realizam. Um exemplo por parte da Braskem é o seu Programa de Educação Socioambiental. Iniciativas como esta buscam promover a inclusão social, a educação ambiental e a promoção cultural. Estas atividades apresentam gigantesco potencial para poder diminuir as desigualdades que afligem a nossa sociedade e contribuir para a transformação da realidade de milhares de pessoas.

Para saber mais sobre estas empresas e as suas atividades, você pode acessar os links abaixo:

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Charge da Semana

A charge que trouxemos esta semana foi escolhida especialmente pelo fato de hoje ser dia de Corpus Christi, importante feriado da religião católica.


No momento em que o padre menciona as desigualdades sociais sendo considerada como um pecado, o homem representante da minoria de maior renda da sociedade logo exclama com uma interpretação contrária a que o padre procurava expressar. Considerando os graves problemas que as desigualdades sociais acarretam, não seria errado considerar ela como um pecado de nossa humanidade.

É interessante destacar que vários movimentos que buscam combater a dura realidade das desigualdades são de caráter religioso. Muitas igrejas realizam campanhas para arrecadar donativos para a população mais carente, e diversas vezes essa temática foi abordada pela Campanha da Fraternidade. Com exemplos como estes, pode-se considerar que religiosidade consegue desempenhar um importante papel na luta contra pelos menos favorecidos.