
A arte inúmeras vezes serviu de instrumento para a propagação de idéias e sentimentos. Cândido Portinari, um dos mais renomados pintores brasileiros, trabalhou extensivamente com a temática das desigualdades sociais em sua obra, procurando retratar a dor que existe no desequilíbrio social que até hoje caracteriza a nossa sociedade.


Índia e Mulata. 1934. Óleo sobre tela. 72 x 50 cm.
Analisando as suas obras, é visível o foco na denuncia das desigualdades sociais na grande maioria delas. Estas traziam imagens do cotidiano das classes mais baixas, destacando-se principalmente os trabalhadores rurais e suas famílias. A tendência ao uso de tons escuros caracteriza a realidade destas pessoas, ao retratar o trabalho (muitas de suas obras mostravam vastas plantações com seus respectivos trabalhadores), as tristezas (como pode ser visto na obra Criança Morta), a realidade do meio em que vivem (a obra Índia e Mulata mostra um pouco da destruição da flora brasileira, provavelmente causada pelo rico homem branco), a miséria (notável em Retirantes) e a simplicidade de suas vidas (algo que pode ser observado na tela Flautista). O estudo e análise destas obras pode se tornar muito relevante quando se discute sobre as desigualdades sociais. Apesar de terem sido pintadas entre os anos 40 e 60, elas ainda conseguem retratar o cenário de pobreza que caracteriza grande parcela da população. A seguir temos mais algumas de suas brilhantes obras para poderem ser contempladas:
Retirantes. 1944. Óleo sobre tela. 190 x 180 cm.

Flautista. 1934. Óleo sobre madera. 46 x 37,5 cm.

Chorinho. 1942. Têmpera sobre tela. 225 x 300 cm
Postado por: Alisson Tres
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