quinta-feira, 22 de julho de 2010

Desigualdade social reforça Aids na América Latina e no Caribe

As desigualdades sociais e econômicas, somadas em alguns casos à falta de atendimento oficial, reforçam a pandemia da Aids na América Latina e no Caribe, segundo um relatório apresentado nesta sexta-feira (27) em Bogotá pela Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).

Além dos amplos contrastes como entre o Haiti, o país mais afetado, e Chile, o que tem menos casos, o estudo ressalta a baixa incidência da doença no Equador e na Argentina, assim como os avanços no Brasil, Colômbia e México, entre outros, lembrou Francisco Moreno, diretor-geral de Saúde da Cruz Vermelha Colombiana.

O relatório, intitulado "A desigualdade aguça a pandemia do HIV: enfoque especial na resposta das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha na América Latina e no Caribe", pede maior atenção às pessoas com maior risco.

Pelo menos 140 mil novos casos de Aids foram registrados na América Latina em 2007, último ano para o qual há dados. Com isso, o número de soropositivos na região chega a 1,7 milhão de pessoas

No mesmo período, mais de 60 mil pessoas morreram por causa da doença, acrescenta o relatório.

Nesse mesmo ano, quase 20 mil pessoas foram contaminadas com o vírus e 14 mil morreram no Caribe, principalmente no Haiti e na República Dominicana.

Jovens, prostitutas, garotos de programa e seus clientes, homossexuais, transexuais, detentos e usuários de drogas são considerados pelo estudo como os grupos de maior risco.

Segundo o relatório, essas pessoas são as que menos têm possibilidades de acesso às campanhas de prevenção e de conscientização.

Pessoas que vivem em zonas remotas, entre elas os indígenas, também são grupos vulneráveis.


Fonte: G1


Comentário sobre a reportagem

Como podemos ver, a doença mais perigosa de todo o século também tem sua propagação favorecida pelas desigualdades sociais tão presentes em nosso continente. Os grupos mais pobres, destacadamente, tem acesso reduzido às informações sobre a doença além de terem esclarecimento reduzido em todos os aspectos ligados principalmente ao estudo de nível médio e das últimas séries do fundamental.

As campanhas de conscientização são importantes, no entanto enquanto o nível de esclarecimento desses grupos não melhorar e os antigos preconceitos não forem abandonados, sem falar é claro dos boatos sem fundamentos que geralmente são divulgados por pessoas que tem pouca responsabilidade com a veracidade de suas informações e que muitos acabam por acreditar, não haverá campanha realizada por órgãos públicos e organizações não-governamentais que consigam conscientizar de fato a população.

Um avanço muito grande no aspecto da prevenção são as diversas políticas de redução de danos, que ao invés de tentar tirar pessoas dos grupos de risco, especialmente os usuários de drogas, por tirá-los da realidade em que estão, o que é muito difícil, passam a tentar tirar essas pessoas do grupo de risco apenas da doenças, com por exemplo o uso de seringas descartáveis. Se não se pode tirar todos os usuários de drogas injetáveis e ilícitas, que ao menos diminua o risco dessas pessoas contraírem AIDS.

Postado por Clei

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