terça-feira, 20 de julho de 2010

A copa acabou...

...e a África do Sul volta a sua rotina diária.

Sua rotina de crescente desigualdade nos mais variados aspectos. Uma reportagem do jornal Estadão comentou que pouco tempo após a Espanha levantar a taça, o governo ordenou a ocupação de diversas áreas pobres da cidade, a fim de diminuir a tensão causada por ataques xenófobos contra imigrantes.

Com o término do espetáculo mundial do futebol, a África do Sul logo perdeu os olhares que havia conquistado durante o evento. Ao passo que todos voltam os seus olhares para outros atrativos, este país instantaneamente retorna à realidade do desemprego em massa, da proliferação da AIDS, da crescente violência urbana, da péssima distribuição de renda e dos conflitos entre as classes sociais.

Não devemos deixar que nossos olhos nos enganem. Provavelmente possamos nos surpreender com o fato de um país no continente mais pobre do globo ter realizado um evento de escala mundial com qualidade excepcional. Nos é mostrado o cenário sem falhas, de profundo desenvolvimento tecnológico. Podemos passar a pensar que se a África do Sul é capaz de realizar algo de tamanho nível, certamente as coisas devem estar indo muito bem por lá. Ou será que não?

Bancar uma Copa do Mundo não chega a ser a coisa mais complicada do mundo. As fontes para subsídios são diversas (as quais poderiam ser utilizadas para outros fins mais produtivos no país) e de uma maneira ou de outra, o espetáculo é sempre garantido. Não só o evento em quentão foi sucessivo, o mesmo poderia se dizer desta imagem que foi criada para a África do Sul. O presidente da nação, Jacob Zuma foi muito criticado recentemente pelo uso da copa para esconder os problemas da nação.

Sim, a Copa do Mundo acabou, mas a África do Sul não sumiu como se fosse o palco de um circo que encerrou as suas atividades e foi embora. Ela ainda está ali, e sem a copa, não a nada que esconda a realidade que é característica das várias nações da África. E um alerta... Em 2014 será a vez do Brasil sediar esse evento, e conhecendo as condições em que o Brasil se encontra, é muito provável que a mesma situação se repita novamente.

Para saber mais, confira o artigo do Estadão.com.br sobre o assunto:

Postado por: Alisson Tres

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