Os vídeos postados acima constituem um curta-metragem denominado Ilha das Flores. Escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, esse longa mostra, de forma satírica e chocante as relações que existem dentro da economia, e as desigualdades que surgem dentro destas relações. Muito bem recebido pela critica, a obra abocanhou vasta variedade de prêmios: 9 prêmios no 17º Festival de Cinema de Gramado (dentre eles o de melhor curta-metragem), o prêmio Margarida de Prata (dado pela CNBB), além de prêmios internacionais, como o Urso de Prata no 40º Festival de Berlin. Até hoje esta película é elogiada e exibida, sendo um material frequentemente apresentado por professores aos seus alunos.
O documentário A Ilha das Flores faz uma análise critica e ao mesmo tempo assustadora das condições de vida de pessoas que vivem na extrema pobreza. Com o intuito de anexar a idéia de que pessoas que se alimentam com a mesma comida de animais, ou melhor, comidas que não servem nem aos animais. Essa idéia apresenta pelo cineasta Jorge Furtado tem como um de seus objetivos tocar o emocional das pessoas que assistem ao documentário, para que estas formulem uma consciência social.
A parte mais chocante do curta é quando os funcionários do dono da terra separam a comida para dar aos porcos e a comida que não presta nem aos porcos, como as provas de história e o tomate rejeitado pela dona de casa, é distribuída entre a população local. Conforme já citado a condição de extrema pobreza vivida por essas pessoas é algo de se espantar, visto que não possuem condições mínimas de vida e estão competindo com porcos por restos de comida.
Através de uma série de comparações, é possível perceber o quão impactante pequenos aspectos do nosso cotidiano como um simplório tomate, conforme exemplificado na película, influenciam e constroem o funcionamento das relações comerciais. O filme consegue, com certo caráter humorístico, demonstrar o funcionamento e constituição da economia, nos levando até a localidade da Ilha das Flores, onde os resultados negativos deste cotidiano consumista capitalista em que vivemos se manifestam, onde até os animais como os porcos, que não possuem o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor, ganham mais destaque do que outros seres humanos.
Postado por: Alisson Tres, Alisson Serraglio e Patrícia
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