domingo, 18 de abril de 2010

Consumismo

Estamos rodeados pelas desigualdades sociais. Normalmente nós não notamos, mas elas estão ali: na nossa frente, aos lados, por perto ou longe... Há aspectos de nossa vida cotidiana que representam isso. Entre elas, podemos citar o fenômeno psicológico denominado consumismo.

Não há nada de errado em usufruirmos de certos bens materiais para facilitar as nossas atividades cotidianas e obter conhecimento ou lazer. Mas quando há uma ansiedade para se adquirir ou utilizar bens materiais, de maneira indiscriminada podendo se tornar nociva à saúde de um indivíduo, pode-se dizer que esta pessoa pode ser caracterizada como uma pessoa consumista. Enquanto uma pessoa qualquer adquire somente aquilo que é necessário, e talvez um ou outro bem que não seja essencial, uma pessoa consumista irá adquirir vários bens supérfluos em grandes quantidades.

Agora, se pararmos para pensar, enquanto há pessoas que vivem para consumir, há muitas outras que não tem nem sequer onde morar. E aí está o motivo do consumismo ser mencionado nesta postagem. Há um grande choque entre aqueles que consomem em excesso e os que não possuem nada e muitas vezes nem sequer o pão de cada dia. E o problema não acaba por aqui. Toda a sociedade capitalista é voltada para o consumo. Para que o consumo seja realizado, existe todo um estímulo para que a sociedade obedeça conforme o mercado deseja, através da propaganda. Essa propaganda pode ter públicos específicos, mas de qualquer maneira pode chegar a qualquer pessoa de qualquer classe social. Uma pessoa de classe superior e consumista vai adquirir a mensagem da propaganda e provavelmente sair para comprar o que na propaganda estava especificado.

Mas, e como uma pessoa de uma classe social inferior reagiria em relação à propaganda? A febre do consumismo não é algo exclusivo da elite, pois ela também pode afetar aquele indivíduo da periferia, por exemplo. Estimulado pela propaganda, o indivíduo vai querer obter um objeto, sem ter a consciência de que não tem condições para adquirir-lo. Isso pode gerar consequências como violência e ou assaltos (numa tentativa de conseguir o objeto desejado) ou problemas familiares (quando um jovem é contrariado pelos pais, que não tem condições para dar esse objeto, podendo deixar-lo irritado ou frustrado. Isso também pode influenciar a violência e os assaltos).

Não só sendo um exemplo das desigualdades, o consumismo é um fator psicológico nocivo para a pessoa que sofre disto e deve ser combatido à medida que possível.

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